O Departamento de Física do pólo de Guimarães da Universidade do Minho está a preparar uma revolução do quotidiano colectivo. Com um projecto no domínio dos
Já se perdeu a conta aos parceiros que a investigação da Universidade do Minho engloba. Para além da colaboração com universidades nacionais, espanholas, brasileiras e alemãs, o projecto dos "materiais inteligentes" conta já com o interesse de indústrias de grande dimensão localizadas em França e na Bélgica. A curto-prazo, o projecto "Processamento e caracterização de polímeros electroactivos e compósitos para aplicações em microelectrónica, sensores e actuadores", do domínio dos "materiais inteligentes", vai alterar o quotidiano de todos nós. Os "materiais inteligentes" designam-se assim por terem uma resposta reproduzível, controlada e de grandeza suficientemente elevada a um determinado estímulo. A investigação do departamento de Física da Universidade do Minho é liderada pelo cientista espanhol, Senentxu Lanceros-Méndez, que coordena uma equipa de 12 pessoas. Vítor Sencadas é um dos elementos da equipa. O projecto em que estão envolvidos pretende "adaptar as propriedades dos materiais a diversas aplicações". Os "materiais inteligentes" podem aplicar-se na área industrial, tecnológica e biomédica. "Ao nível da indústria do calçado, estamos a desenvolver um método que pretende aproveitar o piezoeléctrico das pessoas ao caminhar, para criar energia que permita carregar o leitor de MP3 ou o telemóvel", adiantou Vítor Sencadas. Na área tecnológica, os avanços fazem-se através da monitorização de sinais externos. "Por exemplo, através de touchscreens podemos explorar a interacção com teclados ou computadores ou criar sensores sonoros, de tacto ou de força que nos permitam obter uma resposta", explicou o investigador. Na Biomedicina, "os materiais inteligentes" também têm aplicação. Para além da monitorização de sinais vitais, os dispositivos biomédicos podem ajudar no crescimento das células. Vítor Sencadas afirma que, em breve, vai ser possível "induzir crescimento de ossos e reconstruir tecido celular". Às custas do projecto no domínio dos "materiais inteligentes", os investigadores do departamento de Física da U.Minho já receberam várias distinções como o "Prémio BES Inovação 2006".

Canal Up: 6 de Julho de 2007

Indústria de telemóveis é o primeiro alvo dos empreendedores
Vitor Sencadas, 29 anos, actualmente aluno de doutoramento do Departamento de Física da Universidade do Minho, é o inventor de uma nova tecnologia que promete um "grande impacto financeiro" na indústria de telemóveis. A empresa, constituida com outros quatro parceiros, recebeu agora o primeiro prémio do VI Concurso de Ideias para Criação de Empresas promovido pela NET - Novas Empresas e Tecnologias e, por isso, terá direito a doze meses de incubação no ninho de empresas do centro de inovação do Porto. Os novos materiais para componentes electrónicos que Vitor Sencadas desenvolveu baseiam-se nas potencialidades dos polímeros piezoeléctricos (propriedade que alguns materiais possuem de quando estimulados electricamente sofrem uma alteração nas suas dimensões) e podem também ter interesse para as indústrias médica e automóvel. As áreas de aplicação vão desde a concepção e implementação de sensores e actuadores, dos ecrãs tácteis e teclados aos têxteis inteligentes, à geração de energia e sua acumulação. "As principais características do material, flexibilidade e /ou transparência e/ou electroactividade, são necessários em alguns produtos que já existem no mercado e para potenciais mercados que vão aparecer num futuro tecnológico", defendem os promotores do projecto. A ideia já tinha sido seleccionada no âmbito da iniciativa COHiTEC em 2006 e, por sugestão desses organizadores, à equipa de físicos e engenheiros (Vitor Sencadas, Jivago Nunes e Miguel Gonçalves) aliaram-se as competências de gestão e financeira (Filipe Barros e Tiago Sanches). Os jovens empreendedores, todos com idade entre os 29 e 32 anos, já têm em mãos duas patentes registadas pela TecMinho, fruto de uma investigação que decorre desde 2002 na Universidade do Minho, sob a orientação do Professor Senentxu Lanceros-Méndez. Até final de Março, com o apoio financeiro da universidade, a Somatica Materials & Solutions divulgará um protótipo "mais apresentável", explica Jivago Nunes. E, a partir daí, o seu braço comercial sairá à conquista de clientes e de empresas de capital de risco que estejam disponíveis para financiar os dois milhões de euros necessários para dar início à produção dos sensores. "O BES já demonstrou interesse", diz. Dada a novidade, o grupo fornecerá também consultoria para a aplicação da descoberta.

(Dora Ribeiro, in Jornal de Negócios de 13 de Março 2007)

No passado dia 18 de Dezembro de 2006 teve lugar a cerimónia de divulgação e entrega dos prémios do concurso CNIBES (2ª – Edição do Concurso Nacional de Inovação – BES Inovação), que decorreu no Pavilhão de Portugal em Lisboa às 15h. De entre os projectos
No passado dia 18 de Dezembro de 2006 teve lugar a cerimónia de divulgação e entrega dos prémios do concurso CNIBES (2ª ? Edição do Concurso Nacional de Inovação ? BES Inovação), que decorreu no Pavilhão de Portugal em Lisboa às 15horas. De entre os projectos vencedores deste prestigioso concurso, o Departamento de Física da Universidade do Minho ? DFUM foi um dos 6 galardoados entre os 145 concorrentes. O projecto do Departamento de Física foi ganhador numa das categorias com projectos mas competitivos e de grande qualidade, segundo os membros do júri. O projecto vencedor foi proposto por Vitor Sencadas (aluno de doutoramento do DFUM) e é baseado na investigação em Materiais Electroactivos cujo coordenador é o professor Senentxu Lanceros-Méndez. O projecto vencedor intitula-se: Método de Processamento de Filmes não porosos na fase b de Poli(Fluoreto de vinilideno) (PVDF) Este projecto também conta com a participação do Departamento de Eng.ª Electrónica Industrial ? DEEI através do Professor Gerardo Rocha. A relevância deste prémio nacional é muito grande sendo salientada pelas notícias que são lançadas pelos jornais de grande tiragem, como exemplo, a edição do Expresso de 18-12-2006 e a do Diário Económico do dia 18-12-2006 entre outros media, bem como a presença de ilustres figuras de importante relevância no panorama nacional como o Dr. Ricardo Salgado (Presidente do BES), Dr. Ilídio Pinho (Fundação Ilídio Pinho), Dr. Joaquim Goes (Administrador do BES), entre outros.

Expresso 18-12-2006 e Diário Económico 18-12-2006

No passado dia 6 de Junho teve lugar no auditório da Escola de Gestão do Porto (EGP), pelas 14 horas, a Sessão de Encerramento da iniciativa COHiTEC.Norte@EGP, onde foram apresentados os 5 melhores projectos das equipas que frequentaram esta iniciativa, sendo uma equipa da Universidade do Minho, composta por dois elementos do Departamento de Engª. Biológica (Alcina Pereira e Merijn Picavet), um elemento do Departamento de Engª. Civil (Miguel Silva), três elementos do Departamento de Física (Carlos Costa, Jivago Nunes e Vitor Sencadas) e três alunos de MBA da EGP (Filipe Barros, Manuel Costa e Tiago Sanches). O projecto vencedor da Universidade do Minho foi proposto pelo Departamento de Física e é baseado na investigação em Materiais Electroactivos, realizada nesse departamento e coordenada pelo Prof. S. Lanceros-Mendez. Este projecto visa a construção de um teclado para telemóveis baseado num material piezoeléctrico. Esta solução prolonga o tempo de bateria do equipamento, reduz o tamanho, a espessura e o peso, para além de permitir designs inovadores. Para a elaboração deste projecto recorreu-se ao apoio do Prof. Gerardo Rocha do Departamento de Engª. Electrónica Industrial, que se revelou fundamental para o sucesso deste projecto. Este projecto ganhou um financiamento de 75000 € e um potencial apoio até 2 milhões de euros. O Departamento de Física encontra-se de parabéns.

(Jornal de Negócios de 12/06/2006)

O grupo de investigação em Materiais Electroactivos do Departamento de Física coordenado pelo Prof. S. Lanceros-Mendez colaborou com o PIEP no desenvolvimento da mais recente garrafa da Galp – Pluma, que se encontra à venda desde Outubro de 2005, por todo o território continental. Esta garrafa prima pela sua leveza, possuindo metade do peso de uma garrafa convencional e pelos seus elevados padrões de segurança. O seu exterior é composto por polietileno, integra um reservatório interior em aço reforçado por uma matriz de material compósito de baixo densidade que lhe confere uma resistência mecânica superior. Dispõe ainda de uma válvula de segurança e de um sensor térmico, uma protecção adicional em caso de temperaturas extremas. Pioneira à escala mundial, a garrafa combina a robustez do aço, no interior, com a leveza de um invólucro exterior em material de elevada resistência. O projecto envolveu as empresas Amtrol Alfa Metalomecânica, S.A. e a Saint Gobain Vetrotex International. O PIEP da Universidade do Minho assumiu os estudos de selecção das matérias­primas e simulação da nova garrafa. O INEGI da Universidade do Porto desenvolveu a componente de modelação do processo de fabrico. O Departamento de Física da Universidade do Minho em conjunto com o Prof. Gerardo Rocha do Departamento de Eng.ª Electrónica Industrial esteve encarregado da avaliação do risco de descargas electrostáticas das novas garrafas, assim como de fornecer soluções para eliminar esse risco. A Pluma é assim, mais um bom exemplo dos resultados que se obtêm fruto da transferência de tecnologia dos institutos de investigação para a indústria.